A semana começou repleta de emoção e simbolismos na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Na tarde desta segunda-feira (19), durante a abertura da1ª Semana de Prevenção ao Feminicídio da Casa, a Procuradora Especial da Mulher (PEM) aproveitou a oportunidade para fazer o lançamento do Programa Banco Vermelho, uma iniciativa que visa não apenas prestar homenagem às vítimas de feminicídio, mas também criar um marco simbólico e educativo na luta contra a violência de gênero.
Foram colocados na tenda principal do evento dois elementos visuais poderosos: o Banco Vermelho e a Árvore das Cartas Vermelhas, ambos carregados de significados profundos.
“Hoje, estamos fazendo história ao lançar o programa Banco Vermelho, uma iniciativa que vai além da”simbologia”. Este projeto é um grito por justiça, um chamado à ação e uma afirmação de que a violência contra as mulheres não será tolerada em nossa sociedade. O Banco Vermelho é mais do que um mobiliário urbano; é um monumento à memória das mulheres que perderam suas vidas para o feminicídio, é um farol de esperança para aquelas que lutam por sobrevivência e dignidade”, disse Dayse Amarilio.
Na ocasião,a Sra.Denise Argemi – Presidenta dos Estados Gerais das Mulheres-Brasil ( Stati Generali Delle Donne) Panchine Rosse™ um projeto do HUB Stati Generali delle Donne da Itália, que nasceu na Itália e estabeleceu uma parceria com a PEM, falou sobre a importância da Lei da recente sanção da Lei 7.539/24, que institui o programa Banco Vermelho no DF, de autoria de Dayse Amarilio.
“A legislação não é apenas mais uma adição ao arcabouço legal; é uma ferramenta poderosa de conscientização e ação. Estamos felizes em firmar essa parceria e poder levar esse importante instrumento de conscientização para toda a população do DF”, disse Denise.
Em seguida, Dayse Amarilio convidou Erika Thainá e Kênia Sousa – sobrinha e mãe de vítimas- para sentar no banco e falar da importância desse instrumento para a prevenção.
O Banco Vermelho- O Banco Vermelho é um símbolo internacionalmente reconhecido na luta contra o feminicídio. Pintado em vermelho, ele representa o sangue derramado por mulheres que perderam suas vidas em atos de violência motivados pelo ódio de gênero. Ao sentar no Banco Vermelho, os familiares das vítimas fazem mais do que lembrar; eles reivindicam a memória das suas entes queridas e reafirmam a importância de não deixarmos que essas tragédias sejam esquecidas. O banco, colocado em espaços públicos, serve como um lembrete constante da necessidade de combater a violência contra a mulher, promovendo reflexão e conscientização entre todos que o veem.
A Árvore das Cartas Vermelhas- A Árvore das Cartas Vermelhas é uma extensão simbólica desse mesmo compromisso com a memória e a conscientização. Nessa árvore, cartas escritas pelos familiares e amigos das vítimas são penduradas em homenagem às mulheres que tiveram suas vidas brutalmente interrompidas. Cada carta é um testemunho de dor, amor e saudade, mas também um grito de alerta para a sociedade sobre a urgência de ações concretas contra o feminicídio. As cartas, assim como as folhas de uma árvore, representam as vidas que foram ceifadas, mas também simbolizam a esperança de que, através da conscientização e da educação, possamos florescer uma sociedade mais justa e segura para todas as mulheres.