Dayse Amarilio premia projetos de boas práticas em saúde mental nas escolas 

Na manhã desta quinta-feira (19) o auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal foi palco da premiação de 19 projetos selecionados pelo edital “Boas Práticas na área de Saúde Mental nas Escolas. A solenidade, que reuniu cerca de 500 pessoas, entre professores, psicólogos, estudantes e gestores públicos, foi proposta pela deputada Dayse Amarilio (PSB), que além de enfermeira também é professora. 

Para a distrital, a ideia da premiação – que contemplará os projetos escolhidos com recursos de emendas parlamentares- é apoiar e oportunizar as práticas que incentivam as comunidades escolares que já trabalham questões relacionadas a saúde mental dos estudantes e, além disso, possibilitar que tais ações sejam ampliadas e acabem por incentivar outras unidades de ensino e instituições a buscarem implementar iniciativas com o mesmo intuito. 

“Só quem conviveu ou convive com alguém que sofreu com problemas relacionados a saúde mental sabe como é doloroso e muitas vezes complexa a resolução da questão. Por isso, ações como os educadores das escolas públicas do DF vem desenvolvendo com tanto empenho e dedicação são um alento e nos mostram que juntos, com carinho, empatia e disponibilidade para uma escuta atenta e afetuosa é possível ajudar nossas crianças e jovens a se sentirem pertencentes, amparados e aptos para lidar com tais desafios”, disse a parlamentar.  

Dayse Amarilio fez menção ao aumento de transtornos mentais em nossa sociedade, inclusive em crianças e adolescentes. Segundo ela, nós sofremos e nos vimos adoecidos, em algum nível, em razão da pandemia da Covid-19.  

“Após a pandemia nós nunca mais fomos os mesmos e precisamos encarar a necessidade de cuidado e atenção com a saúde mental, seja a nossa ou a dos nossos”, disse. “Por isso, como profissional de saúde, mãe e professora, essa é uma das temáticas que meu mandato trata com muita seriedade e comprometimento”, completou a deputada. 

Em sua fala, Dayse citou pesquisa realizada pelo Datafolha, em 2022, quando foram entrevistados 1.308 responsáveis e 1.869 alunos de instituições públicas brasileiras.  

“Esse estudo aponta que, na visão dos pais, cerca de 34% dos estudantes estavam tendo dificuldades para controlar as suas emoções, 24% dos jovens se sentiam sobrecarregados e 18% estavam tristes ou deprimidos”, informou. “E foi diante desses números, e também de experiências que vivi em família, que surgiu a ideia de propor essa premiação. A nossa intenção é que tenhamos mais editais e possamos ampliar a proposta futuramente para que o “Boas Práticas na área de Saúde Mental” ganhe cada vez mais edições e incremento. 

Na ocasião, a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, parabenizou a iniciativa e destacou que a rede pública de educação do DF é rica em produção de projetos de excelência graças aos seus valorosos profissionais. 

“Não me espanta a qualidade dos projetos apresentados aqui hoje, visto que o Distrito Federal tem profissionais que figuram entre os melhores do País. São educadores que criam, planejam e elaboram os próprios projetos pedagógicos e fazem isso com muito amor, qualidade e dedicação”, disse. “Aproveito a oportunidade para ressaltar a importância de ações como essa, que incentivam nossa comunidade escolar a abordar o tema saúde mental em nossas unidades de ensino através dos projetos que desenvolvem. Por isso, quero aqui propor a elaboração de um manual com os projetos que foram premiados, pois assim poderemos multiplicar essas ações e ao invés de falamos sobre adoecimento comecemos a falar e propor ações de saúde”, concluiu. 

A psicóloga Jaqueline Ferraz Costa, especialista em saúde mental, reforçou a necessidade de não sentirmos vergonha de falar que estamos sofrendo, o que se dá muitas vezes em razão do preconceito associado aos transtornos e doenças mentais. “A iniciativa de cada um dos projetos aqui premiados se relaciona com a proteção à saúde mental das nossas crianças e jovens., assim como a iniciativa do edital “Boas Práticas”, que tem por essência ajudar a transformar a vida de inúmeros alunos e docentes”, disse.  

Já a professora Francisca Beleza, do Gama, enfatizou a importância das práticas integrativas de saúde para a comunidade escolar.  Por fim, em nome dos estudantes, Samara Sanches, aluna do 3° ano do Centro de Ensino Médio da Escola Industrial de Taguatinga (CEMEIT), emocionou a todos os presentes quando falou sobre o Grupo de Enfretamento à Depressão e ao Suicídio (GEDS), que teve início em 2018, no CEMEIT, quando a comunidade escolar foi impactada com a notícia de que uma aluna havia cometido suicídio. “Cuidamos de vidas”, afirmou, sobre o propósito e ações do grupo.  

Projetos premiados – Durante o evento, que contou com apresentação de professores da Escola de Música de Brasília, foram apresentados vídeos sobre os projetos premiados, cujos responsáveis receberam moções de louvor. Ao final da sessão solene, Dayse Amarilio pediu apoio ao projeto, de sua autoria, que institui diretrizes para implementação da política de saúde mental para estudantes e profissionais no DF.  

Veja o projeto na íntegra

“Forjando a tessitura de Haia”, do Centro de Ensino Médio (CED) 1 de Brazlândia; “Keep Calm”, do Centro de Ensino Médio (CEM) 03 de Ceilândia; “Rodinha de escuta”, do Jardim de Infância 3 do Gama; “Entre Afetos”, da Escola Classe Comunidade de Aprendizagem do Paranoá; “Coração que sente e chora”, da EC 3 da Estrutural; “Sinto, logo me expresso”, da Escola Classe (EC) 12 de Taguatinga e Terapia Comunitária Integrativa, da EC do Gama, estão entre os dezenove premiados dos 48 projetos inscritos. Cada um dos projetos agraciados receberá R$ 10 mil para apoiar e ampliar as iniciativas. Os recursos são provenientes de emendas parlamentares da deputada Dayse Amarilio. 

Assista na íntegra

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